Dicas e Tutorial


Dicas para ser web design

Olha minha gente, essa matéria não é da minha autoria, mas eu achei o máximo, por isso além de colocar esses posts iniciais tirados do site da Info Wester, resolvi colocar aqui:

Então você quer ser um web designer?

Por Erika Sarti, em 16/03/2006.

Desde que o orkut surgiu, aqueles que trabalham na área de web design encontram nas comunidades relacionadas um lugar para tirar dúvidas, trocar experiências e divulgar seus trabalhos. A mesma coisa aconteceu com quem ainda não está na profissão, mas pretende.

Mas no meio de tanta gente, podemos perceber o despreparo da grande maioria. Muitos cursos de web design hoje em dia ensinam as ferramentas, mas não ensinam conceitos fundamentais; aí surgem as dúvidas, muitas vezes bobas aos olhos de quem já está na profissão.

A maior dificuldade que eu tenho percebido é na hora de começar a carreira. Como publicar seu primeiro site, montar um portfólio, saber quanto cobrar de um cliente… Tudo o que as escolas deveriam ensinar, mas que a gente acaba tendo que aprender na base da tentativa e erro.

Por isso, resolvi escrever essa série de artigos, baseados nas minhas experiências pessoais e nas opiniões de profissionais da área.

Cinco coisas que você deve saber antes de começar

Aprender HTML e CSS

Seus sites vão ficar mais leves, sem os códigos desnecessários dos editores. Além disso, você terá muito mais facilidade para programar dominando as tags do HTML, e será muito mais fácil entender como funcionam as novas tecnologias, como XHTML e XML.

Investir num domínio próprio e numa hospedagem paga

Além de evitar propagandas desagradáveis, que tiram seu layout do lugar e podem até trazer spywares para o computador do usuário, os hosts pagos oferecem muito mais ferramentas para melhorar seu site. Além disso, um domínio próprio mostra muito mais profissionalismo (ver mais no tópico sobre portfólio).

Aprender teoria das cores, usabilidade e tipografia

O básico do básico. Assim você garante que seus sites vão ser visualmente agradáveis, a navegação será mais fácil para o usuário e a leitura dos textos não ficará cansativa.

Cuidar da acessibilidade

Não é o usuário que tem que adaptar seu computador ao seu site, e sim o contrário. Portanto, esqueça o “este site é melhor visualizado em 800×600″ e prepare seus sites para todos os tipos de usuários, resoluções, navegadores e, de preferência, dispositivos possíveis.

Estudar, estudar, estudar

Não é porque você concluiu aquele super curso de web design que está livre da aprendizagem. A web é uma área em constante mudança, por isso procure conhecer todas as novas tecnologias, ferramentas e conceitos que surgem a cada dia. Não se aprofunde somente nas que você mais gosta: procure ter uma noção geral de cada uma delas, porque você nunca sabe quando pode surgir um trabalho que precise justamente daquilo que você não domina.

Todo esse conhecimento está cada vez ao seu alcance. Pra começar, use o Google, o melhor lugar para encontrar dicas e tutoriais. Apenas lembre-se de que aprendendo inglês, suas chances de encontrar o que procura são infinitamente melhores.

Montando seu portfólio

Seu portfólio é a reunião de todos os seus trabalhos, uma vitrine da sua capacidade e imaginação, e principalmente a primeira impressão sobre seu profissionalismo. Por isso, você precisa tomar muito cuidado com os pequenos detalhes, pra não manchar a sua imagem logo de cara:

Se você quer mesmo investir na carreira, considere mesmo a possibilidade de adquirir um domínio.com.br, .com ou .net, além de um bom plano de hospedagem. Endereços como o .cjb.net mostram falta de profissionalismo - “se este trabalho não vale o investimento de um endereço pago, por que devo contratá-lo?”. Além do mais, hosts gratuitos ficam fora do ar muito mais tempo do que deveriam - e se o seu portfólio não abrir, existem outros na fila esperando pelo seu lugar.

Cuidado com o português. Chega a ser desnecessário dizer isso, mas revise seu texto, peça para um amigo ler e procurar pelos erros que você possa ter deixado passar, ou mesmo use o Word para corrigir a grafia das palavras. Nada, nada queima mais o seu filme do que um erro grave.

Nem pense em começar sem nenhum trabalho pra mostrar. Vá para o computador e crie um site sobre algum assunto que você gosta - exercite toda a sua capacidade, abuse das novas ferramentas, teste novos conceitos. É o momento em que você está livre, sem depender da opinião de quem está te pagando pra trabalhar, e mostrando tudo o que você é capaz de fazer. Nada mais amador do que encontrar num portfólio uma mensagem “em breve meus trabalhos”.

E se você ainda não tem muito trabalho para mostrar, nem pense em fazer volume enchendo seu site de textos. Ninguém tem paciência para ler, e o cliente não está preocupado com a sua metodologia de trabalho ou com aquele trecho da sua apostila do cursinho que diz que “a Internet é um mercado em expansão bla bla bla”. E nunca, jamais, sob hipótese alguma diga que seu preço é mais baixo, por qualquer razão que passe pela sua cabeça. Isso soa “estou desesperado por isso topo tudo”.

Se você quiser listar suas habilidades nos programas e recursos da área, monte um mini currículo. Assim, essa informação será direcionada a um possível contratador, enquanto o usuário comum e cliente em potencial não recebe informações desnecessárias (se ele quiser saber das suas habilidades, saberá onde encontrá-las). Mas não se esqueça que Windows, Office e Internet você tem obrigação de saber, não é mérito nenhum.

E quando o desespero por falta de trabalho bate, a gente tem vontade de sair fazendo sites de graça, só pra exercitar e ter o que mostrar, não é mesmo? Não, não é. Aceitar um site por um preço muito abaixo do mercado é errado - muitos novatos têm feito isso sem se preocupar com as conseqüências que isso traz para a nossa carreira. Se você quer um cliente e ele não pode te pagar, faça uma permuta: você monta um site e ele te dá cinco aulas na auto-escola, quatro jantares no restaurante ou o que puder oferecer. É muito mais ético e vantajoso pros dois lados.

Em contra-partida, existem instituições sem fins lucrativos que adorariam contar com um voluntário para criar seu site. Procure a instituição mais perto de você e ofereça seu trabalho - se for para trabalhar de graça, que seja por uma causa nobre.

Se todos os seus sites devem funcionar em todas as resoluções de tela, como eu disse anteriormente, imagine seu portfólio! Um “escolha aqui a sua resolução” logo na cara do site mostra que você não tem nenhuma flexibilidade; algumas pessoas nem mesmo sabem o que isso significa! É você que tem que se adaptar ao computador do usuário, e não o contrário. O mesmo vale para quantidade de cores na tela, navegador ou sistema operacional.

Quando se fala de navegador, muita gente acha que se 95% das pessoas que acessam um site usam Internet Explorer, é pra essa maioria que o site deve funcionar. Isso é um grande erro – e se no meio dos outros 5% estiver justamente aquela pessoa que entra no seu portfólio querendo te contratar? Se o seu site não funcionar, você perdeu a chance. Por isso, teste todos os seus sites pelo menos nos navegadores mais conhecidos, em várias resoluções, sistemas operacionais e processadores diferentes. Evite surpresas desagradáveis.

Agora que você já aprendeu um pouco sobre web design, deve estar louco para ganhar dinheiro com o seu trabalho. Neste artigo vou falar um pouco das duas opções para quem está saindo de um curso ou está aprendendo por conta própria como começar a carreira.

Freelancer

Uma das grandes dúvidas para quem é contratado para desenvolver um site é quanto cobrar pelo trabalho. Alguns profissionais costumam estabelecer um preço por página, mas hoje em dia esse método de cálculo está caindo em desuso.

A maneira mais fácil é calcular quanto tempo você acha que vai demorar para montar o site. Para isso obviamente você já deve ter desenvolvido alguns sites, seja no curso que fez ou aprendendo sozinho com tutoriais - se ainda não desenvolveu pelo menos uma meia dúzia de sites completos, provavelmente ainda não tem conhecimento suficiente para cobrar por isso.

Calculado o tempo aproximado, estipule um preço para esse tempo. Por exemplo, se você acha que em cinco dias trabalhando quatro horas por dia o trabalho estará feito, quanto essas vinte horas do seu tempo valem? Claro que quanto menos experiência você tem, menos vai cobrar - e quanto mais experiência tem, mais rápido vai desenvolver um site, mas vai fazê-lo melhor.

E cuidado com os extremos - não exagere no preço, você ainda está começando, mas também não cobre qualquer “troquinho” só para conseguir o cliente: essa prática é errada e nos próximos artigos vou explicar o porquê.

Dificilmente alguém vai te dizer quanto cobrar pelo seu site, para o seu cliente, no orkut ou em fóruns de web design. Porque ninguém consegue determinar seu grau de conhecimento, sua facilidade para desenvolver um projeto. Você é quem pode determinar melhor o quanto vale seu trabalho e seu tempo.

Mas a vida de freelancer não é só glamour como parece. Nos próximos artigos vou falar sobre todas as despesas, vantagens e desvantagens que um profissional freelancer pode ter.

Estágio

Outra maneira de entrar no mercado de trabalho, que sem dúvida nenhuma vai trazer muito maisbenefícios para quem está em começo de carreira, é o estágio numa agência ou produtora de sites.

Você vai conviver com profissionais, conhecer como a área realmente funciona, e aprender dicas e truques que só o dia-a-dia vai te ensinar.

Mesmo que você ainda esteja estudando, consegue facilmente conciliar os estudos e um estágio meio-período. Se no jornal da sua cidade não há muita opção, elabore um currículo caprichado e envie para as agências de emprego da região. Mas cuidado: a menos que o anexo seja uma exigência da empresa, envie sempre seu currículo no corpo do e-mail!

Em algumas agências você pode fazer o cadastro através da internet, o que garante que seu currículo estará no banco de dados por pelo menos 6 meses. Você também pode usar os sites de empregos, onde pode-se pesquisar vagas e oferecer seu currículo (e alguns são grátis).

Ou ainda, procure no Google as agências e produtoras perto de você e veja se elas nâo têm um cadastro próprio de currículos. Só observe que algumas empresas não têm esse cadastro porque não gostam de receber currículos por e-mail ou porque só contratam funcionários através de agências de emprego, então tome cuidado para não ser inconveniente - nesse caso é melhor não enviar seu currículo, ou enviar um e-mail antes perguntando se pode fazê-lo.

Na maioria das profissões, arrumar um estágio e trabalhar com profissionais experientes é a melhor maneira de começar. Mas quando se trata da Web, isso nem sempre é possível - fora das grandes cidades, é raro encontrar produtoras de sites que aceitam estagiários, e a maioria dos escritórios é auto-suficiente: um designer, um programador (às vezes o próprio designer) e um representante comercial já são suficientes.

Por isso muitos profissionais optam pelo sistema freelance de trabalho: montam um pequeno escritório em casa, às vezes até dentro do próprio quarto, não precisam se preocupar com horários e não têm que agüentar um chefe. Parece o emprego perfeito, não é? Nem tanto.

Além de não ter todos os benefícios legais que uma empresa oferece, a vida do freelancer é muito mais complicada do que parece. Enquanto num emprego normal você tem estabilidade e consegue se programar financeiramente, trabalhando como freelancer você depende da quantidade de trabalhos que aparecem - e às vezes eles simplesmente não surgem.

Outro inconveniente é que sai o chefe, entra o cliente. Sabe aquela frase “o cliente sempre tem razão”? Aqui ela se aplica totalmente. Se ele te pedir um site roxo de bolinhas amarelas, é aqui que você vai precisar mostrar todo o seu jogo de cintura para convencê-lo do que funciona e o que não funciona. Por isso, ter um base teórica é essencial para argumentar.

E você sempre vai lidar com pessoas dos mais diversos tipos. Desde aquele que te procura no sábado à noite pra um trabalho até aquele que acha que você não tem mais nada pra fazer além de trabalhar 24 horas seguidas para entregar um serviço “pra amanhã”. É difícil, mas manter a educação e explicar pacientemente até onde você está disponível sempre é a melhor alternativa. Estipule um horário para trabalhar e deixe isso bem claro. Afinal, se você estivesse numa empresa não estaria presente fora do horário de expediente.

Também não se esqueça que agora os gastos com luz, telefone, manutenção do computador, tinta para a impressora, papel, conexão banda larga e vários outros estão por sua conta. O valor que você recebe por um trabalho nunca é líquido, você teve várias despesas. E ainda precisa pensar num guarda-roupa apresentável para quando for visitar um cliente - pagando o transporte do próprio bolso. A coisa maisimportante, financeiramente falando, é ter uma reserva para quando os trabalhos não aparecem.

A essa altura você pode estar se perguntando se vale mesmo à pena ser freelancer. Depende. Se você realmente não consegue se adaptar a horários fixos e não tem problemas com os altos e baixos financeiros que podem surgir, compensa. Se você prefere estabilidade e segurança, existem outras alternativas para trabalhar com Web, ainda que mais raras em algumas partes do país.

Você também pode juntar os dois, trabalhar num emprego comum em horário comercial e como freelancer nas horas vagas, mas dificilmente conseguirá fazer bem feito no começo da carreira. É preciso jogo de cintura, organização, e além dos clientes que só podem ser visitados em horário comercial, você ainda perderá seu tempo livre - que pode ser usado tanto para descanso como para aprendizado. Nem todo mundo está disposto.

Enfim, a melhor maneira de descobrir é tentando. Conforme dito na segunda coluna desta série, existem muitos sites de empregos, se preferir procurar um. Neles você poderá encontrar várias oportunidades de carreira e, quem sabe, acumular experiência para iniciar uma vida de freelancer. Boa sorte!

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